A Culpa é das Estrelas

"Alguns infinitos são maiores do que outros."

O livro conta a história de Hazel Grace, uma garota de 16 anos que poderia ter uma vida perfeitamente normal, exceto pelo fato que desde os 13 anos descobriu que tem câncer e agora se encontra como uma paciente terminal. 

Bem, não há muito o que fazer a não ser ter a esperança de viver mais alguns anos, por conta do seu tumor ter encolhido bastante. Isso até que Hazel, durante uma reunião do Grupo de Apoio a Crianças com Câncer, conhece Augustus Waters. A partir daí, seus destinos se cruzam, fazendo com que esses dois vivam seu próprio infinito.

Você pode até não ter lido A Culpa é das Estrelas, mas provavelmente já ouviu falar desse livro (ok, se você não ouviu é porque não mora neste planeta, mas marcianos são sempre bem-vindos ao blog =D ). Bem, antes de ler eu também já estava acostumada a ver os nomes de Hazel e Gus sendo citados a todo momento pela blogosfera e redes sociais. Sem dúvida, a maioria dos comentários vistos sempre foram positivos, e apesar de ficar com um pé atrás por conta do medo de não ser tudo isso que estavam falando, assim que tive oportunidade parei para ler esse livro. E, sim, acabou que eu agora eu sou mais uma dessas que se sentiu completamente encantada por essa história.

"- Está se sentindo melhor? - perguntou.
-Não - murmurou o Isaac, o peito inflando por causa da respiração ofegante.
-Esse é o problema da dor - o Augustus disse, e aí olhou para mim. - Ela precisa ser sentida."

Uma das coisas coisas mais interessantes sobre esse livro é o fato dele falar sobre câncer mas não predominar nele um aspecto depressivo. Confesso que me emocionei e chorei (e olha que eu nem ando chorando por qualquer coisa por aí) durante a leitura, mas foi um livro que também me fez sorrir bastante. Grande parte disso se deve ao humor negro da Hazel e os diálogos irônicos entre os personagens. Esse tipo de coisa deu um aspecto bem mais leve a um livro que fala sobre um tema tão tenso.

O que realmente fez com que eu gostasse tanto da leitura, foi a forma como me identifiquei com a Hazel no sentido de gostar tanto de um livro e se importar muito com ele. Na história, o livro preferido de Hazel, Uma Aflição Imperial, não tem final (acaba no meio de uma frase, dando a entender que a protagonista morreu) e ela sente uma necessidade enorme de saber o que aconteceu com os personagens ao ponto de ir atrás do autor. Tudo o que eu conseguia pensar era: "Esse é o tipo de coisa que eu faria."

A relação entre Hazel e Gus é simplesmente encantadora de forma que esses personagens não se tornaram inesquecíveis apenas para mim, mas para muita gente. Acompanhar esses dois foi uma experiência extremamente envolvente, que prendeu na leitura do início ao fim. 

"Enquanto ele lia, me apaixonei do mesmo jeito que alguém cai no sono: gradativamente e de repente, de uma hora para outra."

Quanto ao John Green, esse foi o primeiro livro que li dele mas em breve pretendo ler outros. Isso porque sem dúvida, ACDE é muito bem escrito e parabenizo o autor pela forma como ele soube convencer perfeitamente escrevendo um livro em primeira pessoa sob o ponto de vista de uma garota de 16 anos. Não é todo autor que consegue esta proeza. 

O livro será adaptado para o cinema e o início das filmagens está previsto ainda para 2013. Espero do fundo do coração que seja tudo muito bem feito e não estraguem essa essa história tão emocionante.

Autor: John Green

Titulo: A Culpa é das Estrelas

Título original: The Fault in Ous Stars

Editora: Intrínseca

Ano: 2012

Número de páginas: 286

Classificação da Mari: 5 estrelas