Tudo o que Ela Sempre Quis

Emily, Natalie, Madison e Laura era melhores amigas na universidade e eram conhecidas com as quatro fantásticas. Porém, uma tragédia separa essas garotas: a morte de Emily ao cair da cobertura. Ninguém nunca soube ao certo o que aconteceu, mas para todos os efeitos, aquilo foi um acidente.

Dez anos passaram e cada uma das outras companheiras de Emily seguiu um rumo diferente. Porém, a morte da amiga marcou todas profundamente e, principalmente Natalie. Apesar de ter conseguido sua meta de ser médica, Natalie tem dificuldade de se aproximar de outras pessoas. O único homem que amou foi Cole, irmão de Emily, que na época do acidente a culpou do acontecido, deixando todo o relacionamento que existia entre eles para trás. A verdade é que Natalie também sempre se sentiu culpada por estar bêbada demais para cuidar da amiga naquele dia, sem nem ao menos lembrar do que aconteceu na festa.

Agora, dez anos depois, algo vai juntar todos essas pessoas que eram amigos no passado novamente: um misterioso escritor está fazendo muito sucesso com um livro que conta exatamente a história da morte de Emily, mudando apenas o nome dos personagens (porém, todos os citados possuem as mesmas iniciais das pessoas verdadeiras). A questão é esse livro não apenas divulga coisas que todos queriam esquecer como também possui um final perturbador: a assassina de Emily seria Natalie.

Mas quem seria esse escritor e como ele conseguiu tantas informações para escrever um livro tão realista sobre o que aconteceu? E como Natalie vai se livrar das suspeitas lançadas sobre ela? Existiu realmente um assassino? Agora, todos precisam se juntar para montar esse estranho quebra-cabeça sobre o passado e desvendar quem Garrett Malone, o escritor. E além de todos os problemas, Natalie agora precisa ter força para conseguir conviver com suas antigas amizades e seu amor do passado.

Desde que esse livro foi lançado, fiquei super interessada só de ler a sinopse. Fiquei um pouco receosa de começar a leitura e acabar me decepcionando por conta das minhas expectativas porém, foi só começar a ler que cheguei a seguinte conclusão: esse livro era tudo o que eu queria e mais um pouco!

O que primeiro me chamou a atenção nesse livro, sem dúvida foi o mistério. Era impossível querer parar de ler sem saber qual era a identidade do escritor misterioso e quem havia realmente matado Emily, pois tudo leva a crer que realmente foi um assassinato. É um livro muito bem escrito, de forma que a leitura me deixou realmente paranoica a respeito dos personagens, desconfiando de tudo e de todos.

"Natalie queria fugir. Era somente nisso que pensava quando largou o livro na manhã seguinte ás 8 horas e vestiu tênis e agasalho esportivo. Passara a noite lendo cada palavra aterrorizante da história em que a estrela era ela. O enredo era a sua vida, embora distorcida e irreal. Algumas palavras eram suas. Outras não. Alguns atos ela tinha feito, outros não tinha nem sonhado. Por debaixo dos panos tinha a sensação de que alguém a observara, a escutara,  um voyeur invisível que sabia mais dela do que ela poderia imaginar dele."

Um ponto muito positivo de Tudo o que Ela Sempre Quis são justamente os personagens. O livro é repleto de personagens marcantes, de forma que é uma delícia poder acompanhá-los na sua busca por respostas. Definitivamente, amei a relação entre Cole e Natalie (grande parte do livro é centrada nesse casal) e a química evidente que existe entre os dois. Também gostei muito do esquisitão do Dylan e toda a sua vibe psicopata, como também adorei a personalidade forte da Madison. Ah, vou confessar: amei todo mundo (até o povo chato, já que foram todos tão bem construídos) e logo após a leitura já estava sentindo falta dos personagens.

Confesso que em relação à resolução do mistério, achei o final um tanto fraco, pois já vi vários filmes, onde acontece alguma morte na faculdade ou escola, que seguem pelo mesmo caminho. Porém, isso não prejudicou a leitura, pois no final não resta nenhuma ponta solta com relação ao crime. O que me incomodou foi só o fato de que eu queria que o culpado fosse outra pessoa (ok, não vou saber comentar sobre isso sem deixar escapar algum spoiler, então é melhor parar por aqui).

Bem, odeio esse tipo de comparação mas não tem como negar que o enredo, em muitos aspectos lembra Pretty Little Liars, apesar de se passar com pessoas mais velhas. Então, tenho certeza que se você é fã da série ou dos livros, também vai curtir muito o livro de Barbara Freethy. 

Apesar das suas trezentas e poucas páginas,  possui uma leitura rápida e nem um pouco cansativa. Definitivamente, esse livro realmente conseguiu me conquistar, me envolvendo de uma forma que eu não conseguia largá-lo (e olha que eu ainda tinha que estudar para uma prova). Esse é um daqueles livros que eu pretendo reler muitas vezes no futuro. Recomendadíssimo!

Autora: Barbara Freethy

Titulo: Tudo o que ela sempre quis

Título original: All she ever wanted

Editora: Novo Conceito

Ano: 2012

Número de páginas: 304

Classificação da Mari: 5 estrelas